
Após se reunirem virtualmente neste sábado (13), as associações comerciais da região norte de Goiás, decidiram por unanimidade prestar os seguintes esclarecimentos a cerca do fechamento/limitação das atividades comerciais.
De acordo com documento, foi pontuado o conhecimento e entendimento da gravidade da pandemia da Covid19, sendo as instituições parceiras das autoridades competentes. Porém, também destacaram o caos econômico que vai se desenhando a nível nacional por conta dessas medidas, “muita das vezes indiscriminadas e generalistas, de suspensão/limitação das atividades econômicas”.
Também foi pontuado que muitos empresários e comerciantes estão demitindo funcionários, gerando desemprego ou até mesmo fechando as portas por não conseguirem mais pagar impostos e fornecedores. “Quadro econômico que em pouco tempo se voltará em aumento expressivo nos índices de violência, além da majoração de pessoas em condição de vulnerabilidade social”.
Os representantes destacaram ainda que há um ano quando iniciou a pandemia foram solicitadas várias exigências e limitações às atividades comerciais, sob o argumento de que o poder público necessitaria de um prazo para montar a sua estrutura para absorção dos inúmeros casos de COVID que estariam por vir.
Apontaram que todas as medidas impostas foram cumpridas, sendo indiscutivelmente hoje o comércio um dos ambientes sociais mais seguros em termos de prevenção ao Covid19, mas em contrapartida foi autorizada a eleição municipal, festas de final de ano e ainda alguns aproveitando o carnaval sem qualquer espécie de isolamento social.
A carta também frisa que nessa nova onda de fechamento/limitação do comércio, não foi ofertada nenhuma possibilidade de suspensão de pagamento dos impostos ou suspensão do contrato do trabalho dos funcionários a fim de evitar ainda mais demissões e o próprio fechamento de empresas.
A carta também traz as seguintes sugestões:
a) Diálogo constante, permanente e respeitoso entre a classe dos comerciantes com as autoridades, sejam elas a nível federal, estadual ou municipal, do Executivo, Legislativo e Judiciário;
b) Ampliação no horário de funcionamento dos estabelecimentos a fim de que a concentração de pessoas seja reduzida. Ampliação esta que deve ser, sobretudo, aplicada as instituições financeiras e as lotéricas, estabelecimentos que promovem inegável aglomeração;
c) Políticas públicas que visem à suspensão de impostos a nível federal, estadual e municipal;
d) Políticas públicas que visem à suspensão do contrato de trabalho para os estabelecimentos que assim necessitarem para não causar mais desemprego;
e) Ampliação da vacinação para toda a população, em atuação coordenada entre os governos federal, estadual e municipal, solicitando a estes últimos que procurem atuar em consórcio para auxiliar na aquisição desses itens;
f) Manter exigências de prevenção e proteção ao COVID em todos os ambientes sociais, inclusive o comércio, autuando e até fechando aqueles que não respeitem tais medidas, mas sem que isso signifique o fechamento/limitação indiscriminada de todas as atividades comerciais.

Participaram da iniciativa:
ACIAH – Associação Comercial e Industrial de Alto Horizonte, ACIB – Associação Comercial e Industrial de Bonópolis, ASSOCIC – Associação Comercial e Industrial de Campinorte, ACIC – Associação Comercial e Industrial de Crixás, ACIA – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Estrela do Norte, ACIAMAR – Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Mara Rosa, ACIN – Associação Comercial e Industrial de Niquelândia, ACIAP – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Porangatu, ACIASMA – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de São Miguel do Araguaia, ACIAU – Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uruaçu.