Caiado cobra leis mais duras contra crimes de estupro e assassinato

Governador foi neste domingo ao velório da adolescente levar condolências aos familiares e se disse revoltado com a flexibilização da legislação. Na mesma noite o principal suspeito que havia sido detido e liberado, foi preso.

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O governador Ronaldo Caiado foi na tarde deste domingo (03/12) ao velório da estudante Amélia Vitória de Jesus, de 14 anos, levar seus sentimentos aos familiares da vítima. A adolescente estava desaparecida desde quinta-feira (30/11), quando saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola e não retornou mais. Seu corpo foi encontrado no sábado em uma calçada no bairro Parque Hayala, em Aparecida de Goiânia.

Em entrevista à imprensa, o governador registrou seu descontentamento com a legislação do país. Ele disse que as leis vigentes impedem o Estado de proteger os cidadãos dos criminosos com histórico de assassinato e estupro. “É absurda e revoltante a flexibilização da legislação”, indignou-se Caiado.

O governador disse que os que cometem esse tipo de crime, principalmente contra crianças e adolescentes, merecem prisão perpétua. Mas, diante da legislação vigente, o que ele pode fazer como governador é impor que no estado de Goiás todos os criminosos com histórico de estupro e assassinato se apresentem de 30 em 30 dias à delegacia para que o Estado tenha como dar respostas à sociedade sobre como vivem esses criminosos. “Como não tem lei federal, eu aprovei para que todos os estupradores tenham que se apresentar na delegacia mensalmente”, destacou, ao reafirmar que esses crimes são cometidos por reincidentes.

Suspeito preso
Sobre a morte da estudante e o suspeito, Caiado acrescentou que pediu que seja decretada pelo menos a prisão preventiva dele, com base nas imagens que a polícia já tem, dentre elas a do carro que passou perto do local onde o corpo da adolescente foi deixado na calçada. Edmar Tavares da Silva, 47 anos, é pedreiro e responde por estupro da enteada ocorrido em 2022.

Os dados coletados no carro e no celular dele e os exames feitos na vítima já estão sendo analisados e os resultados devem sair em menos de 24 horas. “Nós estamos fazendo um trabalho integrado com as Polícias Civil e Militar, além da Guarda Civil Metropolitana de Aparecida. Todos agiram rapidamente”, acrescentou o governador. As forças de segurança intensificaram os trabalhos na região de Aparecida de Goiânia onde a estudante desapareceu e seu corpo foi encontrado, para dar uma resposta o mais rápido possível sobre o crime.

A casa que o suposto assassino morava em Aparecida de Goiânia era alugada e foi incendiada e alguns itens do imóvel sumiram. A Polícia Técnico Científica informou que a atitude atrapalha o trabalho total da investigação, pois o local precisava passar por perícia. A Polícia Civil segue com as investigações a fim de apurar todas as circunstâncias relacionadas ao caso.

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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