Família pede que homem que matou vítima por discussão política em Mara Rosa vá a júri popular

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Rasta Bandeira, povoado onde ocorreu o crime deu nome a operação da Polícia Civil de Mara Rosa que resultou na prisão do autor.

Os familiares de Clebio Cândido de Macedo de 42 anos, morto na madrugada de 28 de abril deste ano, pedem que o autor vá a júri popular. Clebio foi morto após uma discussão política que envolvia os nomes do ex-presidente Bolsonaro e do presidente Lula.

O homicídio aconteceu na zona rural de Mara Rosa, no povoado de Monte Azul, conhecido como Rasta Bandeira e que deu nome a operação que resultou na prisão do autor comandada pelo delegado, Peterson Amin.

O acusado do crime é Ogenscleonabio Palmeiras Vieira 46 anos que estava foragido desde o dia desde o ocorrido. No local acontecia uma confraternização de aniversário, teria começado uma briga motivada por política, briga esta que evoluiu para vias de fato entre os dois.

Para defender o irmão, Henrique conseguiu retirar a arma da cintura de Clébio, um revólver calibre 32 e arremessou a arma para longe da confusão. Porém, enquanto mantinha Clebio imobilizado no chão, seu irmão Ogenscleonabio foi até sua caminhonete e pegou uma arma de fogo tipo pistola. Henrique então soltou Clebio e mandou que ele correr enquanto tentava convencer o irmão a parar com a briga.

Porém, Ogenscleonabio efetuou vários disparos em direção a Clebio. Em seguida entrou caminhonete e foi em alta velocidade em direção a vítima que continuava a correr. Cerca de 130 metros adiante, ele atropelou Clebio de forma proposital, prensando-o contra uma cerca de arame existente às margens daquela via.

Ogenscleonabio fugiu deixando para trás sua camionete no local da colisão. A arma de fogo utilizada pelo criminoso não foi localizada e apreendida pela equipe policial ou pericial. Em tempo, como o veículo não dispunha de chave em sua ignição e diante do exame pericial de local já concluído.

Por fim, após buscar informações pela região, sobre o atual paradeiro de autor do crime brutal, a equipe policial não teve nenhuma informação relevante, razão pela qual finalizou as diligências. A prisão então foi cumprida durante a operação desencadeada após representação pela prisão preventiva do autor, em decorrência da investigação realizada pelos policiais de Mara Rosa.

Em razão da gravidade do crime e do motivo fútil a representação foi acolhida pelo Poder Judiciário, a prisão realizada e o autor se encontra recolhido na Unidade Prisional de Uruaçu a disposição do Poder Judiciário.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Peterson Amin, o Inquérito foi concluído e remetido ao Judiciário. Ogenscleonabio deve responder por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima) com possibilidade de pena prevista de 12 a 30 anos.

DESABAFO DA MÃE DA VÍTIMA

Agora ele também vai sentir falta da família dele, assim como o Clebio faz tanta falta. Como nós sentimos tantas saudades do meu filho, que é neto, é pai, avô e amigo, companheiro, colega. Esse era meu filho Clebio. Mas, um ser humano sem limites, sem alma, sem coração, não pensou em nenhum momento que ele era tudo isso. Não foi só a vida do Clebio que ele tirou, mas do avô de 75 anos, de seus pais, irmãos, tios, sobrinhos, amigos e familiares.

Vejam esse crime sórdido e fruto de intolerância. Ao contrário do que essa pessoa fez, ele merece viver longos anos distante da sociedade, pensar na falta da liberdade. Pessoas assim têm que pagar na Justiça da Lei. Matou um ser humano porque não pode ser cristão, lembrar de coisas básicas ensinada pelos pais, respeitar o outro quando ver que o mesmo não está bem. Isso se aprende no berço. Meu filho morreu por acreditar nas pessoas, ele tinha essa qualidade: confiar nos outros, esse foi seu maior erro.

Mas, eu confio na Justiça e na Lei. Mesmo que ele não volte mais, mas ameniza um pouco a nossa dor.  Acreditar nas pessoas foi o maior erro que ele cometeu em toda sua existência nesse mundo, mas como um simples rapaz por nome Clebio Cândido de Macedo que por ser humilde perdeu sua vida na maior covardia sendo alvejado pelas costas, atropelado e empresado em uma cerca de arrame.

Achando que era pouco ainda deu golpes de pauladas na cabeça deixando que nem mesmo pode ser velado. Assassino cruel, frio esse ser que se diz humano. Esse aqui é o desabafo de uma mãe indignada por esse crime sórdido.

Creusa Macedo – Mãe do Clébio

4 COMENTÁRIOS

  1. As informações publicadas pelo jornal são colhidas junto as fontes oficiais neste caso a Polícia Civil como delegado responsável pelo caso com base no Boletim de Ocorrência. Abaixo tem um desabafo da mãe que teve seu filho assassinado. Se você ou alguém tiver alguma versão a apresentar ou algo a contestar o espaço está aberto. Pode ser que o que faltou ao leitor foi atenção e interpretação de texto. Estamos a disposição!

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