Gean Carvalho rebate falas de apoio a Reforma Tributária

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O secretário estadual de Comunicação do governador Ronaldo Caiado, Gean Carvalho, reagiu às declarações do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e também à fala da ex-secretária de Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, que em entrevista afirmou que Goiás não terá perdas com a Reforma Tributária caso a matéria seja aprovada no Congresso. "Estão zombando da inteligência dos goianos ao falar que não haverá perdas para Goiás ”, reage o Secretário de Comunicação. Segundo ele, a posição de Meirelles e Schmidt a favor do texto que deve ser votado é mais um argumento pra Goiás ser contra.

Gean, ao rebater as falas, citou o próprio vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que, apesar de dizer que a Reforma é fundamental para a economia, também admitiu que estados menores, como Goiás, terão sim perdas. “Se não tivesse perdas, porque estão propondo o fundo de compensação?”, indaga o auxiliar. “Uma proposta de compensação só existe para reparar perdas”, reforça. O secretário de Comunicação também questiona: “Qual fundo de compensação já funcionou no Brasil?”

Segundo Meirelles e Schmidt, embora admitam a preocupação dos estados produtores, como é o caso de Goiás, o texto garantiria formas de compensação e autonomia de governadores, o que é veementemente rebatido pelo governador Ronaldo Caiado, que sustenta que os entes subnacionais perderão autonomia e receitas, além de capacidade de atrair empresas que gerem emprego e renda para a população.

Endurecendo suas críticas, Carvalho pediu honestidade intelectual a Meirelles e Schmidt quanto à defesa que fazem pela aprovação da reforma. “Se os dois querem defender a reforma porque tem os interesses deles, é legítimo. Mas que o façam com honestidade intelectual”, desafiou.

O secretário de Comunicação também chama a atenção para o fato de que entidades representativas do setor produtivo de Goiás estão contra o texto da reforma que está sendo discutido na Câmara dos Deputados, e vê essa negativa como um indicador de que a mudança não é tão boa como afirmam Meirelles e Schmidt. “Se a reforma fosse boa para Goiás, entidades como Adial e Acieg estariam a favor”, finaliza.

Para o governador Ronaldo Caiado (UB), a proposta, que tramita no Congresso Nacional, promove insegurança em todo processo produtivo do estado e engessa a autonomia de governadores e prefeitos. “Que respeitem a vontade do povo e a cláusula pétrea da Constituição que reconhece municípios e estados como entes federados”, pede Caiado ao lembrar que gestores públicos não foram eleitos para se tornarem “simples ordenadores de despesas que vão receber mesadas de Brasília”.

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do seu presidente, Sandro Mabel, também manifesta preocupação com possíveis perdas que a Reforma Tributária pode causar a Goiás. Mabel acredita que a reforma privilegia os grandes centros consumidores e ele teme que, com isso, haja uma debandada de empresas de Goiás. “Você tira a competitividade e a capacidade que o Estado tem de gerar seus impostos, cortar despesas, atrair novas indústrias, para empregar as pessoas que estão aqui”, afirmou. “Da forma como estão fazendo, só vale a pena ter indústria onde tem centro consumidor. Acabou o incentivo, ela vai embora”, finalizou.

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