Idoso é dado como morto novamente, mas desta vez por hipotermia

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Hipotermia foi a verdadeira causa da morte do auxiliar de serviços gerais José Ribeiro da Silva, de 62 anos, nesta quinta-feira (1º), em Rialma.

A vítima já havia sido dado como morto na terça-feira (29), após ficar alguns dias internado no Hospital Centro Norte (HCN), em Uruaçu, norte goiano para tratamento de câncer de língua.

Porém, após ser comunicada do falecimento do idoso e passar por todo o procedimento do hospital para liberar o corpo para a funerária em Rialma, a família foi comunicada que ao ser retirado da câmara fria e ao abrir o saco onde estava a vítima, ele estava com olhos abertos e respirando lentamente.

Após ser constatado pela equipe do Samu que o homem estava vivo, ele foi encaminhado para um hospital em Rialma. Ele estava em estado gravíssimo e com instabilidade clínica. No dia seguinte foi transferido em estado grave para uma UTI em Ceres na noite de quarta-feira (30), mas não resistiu. O corpo dele foi enterrado em Rialma, no norte goiano sob forte comoção e indignação da família.

O delegado responsável pelo caso, Peterson Amin de Uruaçu,  informou que a Polícia Civil apurou que a causa da morte de José foi hipotermia, o que vai agravar a responsabilidade do médico que antes era tratado como tentativa de homicídio para homicídio consumado por dolo eventual.

O delegado explicou que, depois que o óbito foi atestado, o idoso foi levado para uma câmara fria e colocado dentro de um saco para manter a temperatura baixa. Na próxima semana, a polícia vai ouvir o médico, a família e coletar os documentos necessários.

HOMICÍDIO CONSUMADO POR DOLO EVENTUAL

O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) informou que o médico Lucas Campos, que fez o atestado de óbito do paciente, foi afastado imediatamente e que uma sindicância foi instaurada para apurar a situação.

O diretor técnico do HCN foi para Rialma, cidade do paciente que estava em tratamento paliativo oncológico no hospital, para prestar assistência e dar apoio ao mesmo e aos familiares.

A defesa do médico acusado do atestado de óbito, Lucas Campos, informou a imprensa que vai se manifestar apenas perante os órgãos jurídicos institucionais.

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