Mara Rosa e Uruaçu, no Norte Goiano, são algumas das cidades onde foram cumpridos na manhã de hoje, terça-feira (20), 16 mandados judiciais da Operação Cameroceras que investiga uma associação criminosa que atuava em grupos da internet para vender conteúdo de pornografia infantil.
Em Mara Rosa uma pessoa foi presa em flagrante e a outra em Senador Canedo por armazenarem, no momento da busca, vasto material de exploração sexual infantil. Um dos presos é cadeirante. Aparelhos como celulares, computadores e notebooks foram apreendidos e vão passar por análise da perícia. Outra pessoa de 32 anos foi presa de forma preventiva, em Goiânia, investigada por vender os materiais pornográficos.
Ele criava dezenas de grupos de vendas de conteúdo de exploração sexual infanto juvenil, enviava convite e “amostras” dos materiais para depois vendê-los. A primeira etapa da investigação demonstra que não adianta justificar que não sabia do que o grupo se tratava ou que entrou nos grupos por acaso, porque haviam convites para clicar e participar.
A investigação começou há seis meses em meio cibernético após troca de informações com a Delegacia de Polícia de Goianira – 16ª DRP. A PC divulgou prints de conversas no WhatsApp que mostram o suspeito dizendo que tem mais de cinco mil vídeos e material pornográfico de crianças para vender.
Também foram cumpridos mandados judiciais nas cidades de Uruaçu, Aparecida de Goiânia, Trindade, Inhumas, Anápolis, Mozarlândia, Jataí e Mineiros. A operação mobilizou mais de 70 policiais civis, com apoio da CORE/GT3.
Os presos em flagrante delito foram encaminhados ao cárcere e serão submetidos à audiência de custódia, tendo em vista a recente alteração prevista na Lei 14.811/24, que considerou o crime do art. 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (armazenamento de conteúdo de exploração sexual de criança e adolescente) crime hediondo, não cabendo fiança.