Foi preso nesta quinta-feira (13), Wellington Hipólito Oliveira, conhecido como Bifão, 50 anos, dono de um açougue localizado no bairro Jundiaí em Anápolis e que durante uma discussão na casa do pai em Porangatu, o matou com um tiro de espingarda.
O crime ocorreu na noite da última sexta-feira (07), no centro da cidade. A motivação teria sido um conflito familiar que já existia a muito tempo devido a uma divisão de terras, o que acabou culminado na tragédia familiar.
Uma antecipação de herança de uma fazenda avaliada em R$ 8 milhões de reais. O filho teria pegado uma espingarda e efetuado um disparo que atingiu o abdômen do pai, Lázaro Hipólito Oliveira, o Lazinho ou Ibiá. Ele não resistiu e veio a óbito aos 81 anos.
Desde que se separou da esposa, há mais de vinte anos o idoso decidiu ir morar no Piauí e ainda não haviam separado os bens. Eles tiveram seis filhos, quatro mulheres e dois homens. Na época, o filho mais velho ficou representando a mãe e ficou na administração da fazenda.
A desavença começou quando decidiram fazer uma doação em vida. Segundo uma das filhas, Fernanda, o mais velho não aceitou porque ele era o administrador da fazenda, Wellington então entrou para a fazenda e começou a trabalhar. O pai então decidiu voltar a morar em Porangatu e reassumir a posse da fazenda com a ex-mulher.
Bifão já havia agredido o pai anteriormente com socos no período do carnaval deste ano e o pai tinha uma medida protetiva contra o filho. Ainda antes da morte, o idoso foi a fazenda e chegando lá se deparou com uma festa realizada por Wellington Bifão, descontente ele saiu dali e voltou a Porangatu e dormiu dentro do carro em frente a casa da ex-mulher. Pela manhã saia pé e quando volta o carro está danificado.
PRISÃO FORAGIDO
Bifão foi preso durante operação coordenada pelo delegado da Polícia Civil de Porangatu, Luciano Santos. Em um áudio divulgado em uma entrevista exclusiva da Record, Bifão fala que o pai e mãe tem que morrer.
“Mas, cobra come cobra. E quem morre cobra? É o pai da cobra. Então meu pai tem que morrer. Então, pronto! Minha mãe tem que morrer. Pronto! Eu vou dar um jeito na família, sabe porquê? Eu tenho bem material pra gastar. Eu nunca sujei minhas mãos…” disse em um trecho.
A prisão foi decretada no âmbito de inquérito policial que investiga o crime, após representação da Autoridade Policial. O investigado foi preso em uma região de mata, zona rural de Porangatu. Após ser interrogado ele foi encaminhado à Polícia Penal.