
Como previsto foi baixa a procura de empresas para a licitação de duplicação da BR-153, trecho Anápolis (GO) a Aliança do Tocantins (TO) – 414/080/TO/GO, realizado na tarde desta quinta-feira (29). O consórcio Eco-153, formado pela EcoRodovias e a GLP, venceu a concorrente CCR.
Segundo analistas que acompanham o projeto, o edital foi um sucesso, porém trata-se de um contrato desafiador: uma via extensa, de 850 quilômetros, e um volume alto de investimentos, de R$ 7,8 bilhões em obras, além de outros R$ 6,2 bilhões em custos operacionais. Mas, esse novo modelo foi elaborado pelo governo federal, justamente para evitar o risco de paralisação das obras por questões financeiras do concessionário.
O leilão, nessa nova fase, optou pelo sistema de oferta híbrido, com a disputa primeiro pela menor tarifa até um deságio máximo de 16,25%. As duas ofereceram a tarifa mínima e, assim, a disputa passou a ser pelo maior bônus de outorga.
Está estabelecido que o governo garantirá a receita em caso de queda da demanda em momentos de elevado investimento e cobrir o desconto a usuários frequentes, bem como valores diferentes do pedágio entre trechos de pista simples (mais barato) e dos trechos de pista dupla, para a acelerar as obras em duplicação de todo o trecho.
Usuários frequentes terão desconto, bem como aqueles que optarem pelo sistema eletrônico de cobrança com desconto de 5% no pedágio, e futuramente, contará com a cobrança por distância percorrida e não por praça de pedágio, que depende de uso de TAGs.
Martelo batido
A EcoRodovias se comprometeu a pagar R$ 320 milhões pela concessão. A previsão é de investimentos de R$ 7,8 bilhões na duplicação de 623,3 quilômetros, de 89,9 quilômetros de vias marginais, construção de 27,6 quilômetros de faixas adicionais, um contorne em Corumbá de Goiás, novas interconexões e passarelas de pedestres, entre outros. Também está previsto R$ 6,2 bilhões que serão investidos ao longo dos 35 anos de concessão, prorrogáveis por mais cinco.