A investigação da Polícia Técnico-Científica de Porangatu concluiu que a morte do adolescente Cássio Gabriel Gomes da Silva Filho, de 14 anos, foi acidental por afogamento. O corpo dele foi encontrado no Clube Municipal Cachoeira, em Formoso, na segunda quinzena de julho.
A época foi cogitada que o adolescente pudesse ter sido assassinado por outros três adolescentes – de 15, 16 e 17 anos que estavam com Cássio no local do dia 17 de julho, onde se refrescavam e consumiam bebidas alcóolicas.
De acordo com o laudo cadavérico as lesões encontradas no corpo do adolescente eram decorrentes do tempo em que o mesmo permaneceu no rio (dois dias), em contato com alguma pedra, em meio à correnteza.
Os três adolescentes foram encontrados pela Polícia Militar de Formoso e afirmaram que estiveram com Cássio, mas negaram que houvesse ocorrido qualquer tipo de desentendimento entre eles. Já o adolescente de 17 anos acabou afirmando que Cássio realmente havia desaparecido nas águas do Rio Formoso; e que ele mesmo teria feito uma busca, mas não encontrou nenhum sinal do colega.
Com o resultado do laudo cadavérico, a a 12ª Delegacia Regional da Polícia Civil (12ª DRP) de Porangatu descartou a hipótese homicídio e explicou que aguardaram a conclusão da Polícia Técnico-Científica que respondeu as questões das lesões e o comportamento dos adolescentes com medo de serem responsabilizados pelos pais por estarem fazendo coisas erradas, como estar bebendo e estar na beira do rio.
A investigação do caso continua com outra vertente: Identificar quem vendeu as bebidas alcóolicas para os quatro menores de 18 anos em Formoso no dia do afogamento de Cássio.
Cabe ressaltar que segundo o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA é proibida a venda, oferta, fornecimento, entrega e permissão do consumo de bebida alcóolica, ainda que gratuitamente, aos menores de 18 anos de idade.