MPGO denuncia filho acusado de matar pai idoso em razão de disputa por fazenda

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O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Welington Hipólito de Oliveira pelo homicídio triplamente qualificado praticado contra seu pai, Lázaro Hipólito de Oliveira, em Porangatu. De acordo com a denúncia, o crime ocorreu em 7 de junho deste ano, por volta das 19h30. A denúncia já foi recebida pela Justiça. 

Para o promotor de Justiça Bruno Henrique da Silva Ferreira, o crime tem especial gravidade, uma vez que teria sido praticado por motivo torpe (interesse patrimonial), meio cruel (intenso sofrimento para alcançar o resultado morte) e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima (desproporção física entre as partes). 

“Além disso, incide a causa de aumento de pena em razão de a vítima ter mais de 60 anos – no caso em questão, ela tinha 81 anos –, além de outras duas agravantes: cometido contra ascendente (pai) e prevalência de relações domésticas”, sustenta o promotor de Justiça.

Conforme apurado em inquérito policial, o réu, há tempos, mantinha uma relação conturbada com a vítima. Isso porque Welington teria o desejo de se apoderar dos bens do pai, especialmente uma fazenda que fica na zona rural de Porangatu.

Dias antes do crime, Lázaro, que morava no Piauí, viajou para Porangatu a fim de visitar a sua ex-mulher, que estaria gravemente doente. Na data do crime, pela manhã, a vítima fez a visita, mas não foi atendido, seguindo para a fazenda de sua propriedade. 

Na sequência, o filho chegou ao local, o que fez com que a vítima retornasse à cidade. Já em Porangatu, o pai percebeu que Welington havia danificado seu carro, o que ocorreu em duas oportunidades. Na última, os dois começaram a discutir, momento em que o filho teria decidido matar o pai, agredindo-o com socos, causando-lhe lesões diversas. Além disso, atirou contra o pai.

De acordo com o laudo de exame cadavérico, o tiro acertou de raspão a mão da vítima, mas atingiu seu abdômen, o que provocou uma hemorragia interna aguda que a levou à morte. 

Na tentativa de socorro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado pela Polícia Militar, ocasião em que os atendentes ouviram de Lázaro que o filho era o autor do disparo. A vítima foi encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O MP requereu, na denúncia, a condenação do acusado pelo homicídio triplamente qualificado, bem como o pagamento de indenização mínima pelos prejuízos decorrentes do delito. O réu está preso na unidade prisional de Porangatu. 

(Texto: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

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