Representantes da OAB falam sobre golpes contra advocacia e excesso de cursos jurídicos

125

Nos últimos anos, um novo tipo de golpe tem preocupado muitos cidadãos no Brasil: o golpe do falso advogado que tem diferentes modalidades, mas o princípio é o mesmo: os crimes se fazem passar por advogados ou profissionais jurídicos, com o objetivo de enganar as vítimas e, assim, obter vantagens financeiras.

O presidente da OAB Subsessão Porangatu, afirma que com informações e cuidados básicos, é possível evitar ser enganado. A OAB tem combatido a prática com campanhas e encontros presenciais para combater a desinformação sobre o assunto, orientando para que por exemplo, verifiquem a identidade do advogado, tenha cuidado com contatos não identificados, exigir contratos por escrito.

Sempre desconfie de promessas simples e procure confirmar a identidade do profissional antes de tomar qualquer decisão. A prevenção é a melhor forma de evitar acidentes como este. Se você foi vítima de um falso advogado, a primeira ação é registrar um boletim de ocorrência na delegacia de polícia. Além disso, denuncie o golpista à OAB de sua região, que poderá investigar a conduta e, caso necessário, tomar providências legais.

O excesso de advogados e faculdades de Direito no Brasil

De acordo com Pedro Roberto Donel no portal OAB Plural (Nov. 2024), o número crescente de advogados no Brasil ultrapassou, há muito, a capacidade do mercado de absorvê-los. O país possui mais de 1,3 milhão de advogados inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de um número ainda maior de bacharéis que não obtiveram aprovação no exame de Ordem.

Essa situação cria uma competição predatória, que resulta em honorários cada vez mais baixos, precarização das condições de trabalho e um cenário de instabilidade financeira, especialmente para os novos profissionais. O presidente da OAB Seccional Goiás, Rafael Lara, alerta que esse crescimento desenfreado de faculdades de Direito, é preocupante tanto para o mercado de trabalho quanto para a qualificação profissional.

“Por mais que o Ministério da Educação (MEC), siga critérios para autorização dos cursos, frequentemente deixa lacunas na fiscalização e, infelizmente o MEC não houve a Ordem. Por isso, a OAB criou o Selo OAB Recomenda para entregar àquelas faculdades que os seus alunos tem, dentro dos critérios estabelecidos pela Ordem, sucesso no exame de Ordem que é o exame de qualificação do Bacharel em Direito para se tornar advogado”, finalizou Lara.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui