Uma reunião pública realizada na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, em 24 de março, terminou em tumulto após discussões acaloradas sobre a implementação de escolas cívico-militares na cidade. A Guarda Civil Metropolitana precisou intervir e retirar um diretor estadual da Apeoesp do plenário.
O episódio ocorreu após falas exaltadas entre representantes do movimento contrário ao projeto e defensores da proposta, que pretende militarizar a gestão de algumas unidades escolares. Manifestantes criticaram a suposta falta de diálogo por parte dos vereadores.
A proposta enfrenta forte resistência de sindicatos e movimentos sociais, que denunciam a falta de diálogo por parte dos vereadores. Por outro lado, defensores do modelo destacam possíveis benefícios em disciplina e segurança no ambiente escolar.
O tumulto aconteceu em um contexto de debate nacional acirrado sobre o tema. Após o governo federal encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) em 2024, alguns estados, como São Paulo, optaram por manter ou implementar esse modelo de forma independente. Em São Paulo, a adoção desse sistema foi adiada para 2026, após uma decisão judicial que suspendeu temporariamente a lei estadual que instituía o projeto. Essa controvérsia reflete a polarização política em torno das escolas cívico-militares, tema explorado por grupos políticos para mobilizar eleitores durante o período eleitoral.
O cenário em Ribeirão Preto, portanto, não é isolado, mas parte de um debate nacional que envolve aspectos educacionais, políticos e sociais.