Foragido por golpe bilionário em Brasília é preso em Niquelândia

O foragido Ronaldo de Oliveira, de 45 anos, era dirigente de uma cooperativa e foi um dos investigados da Operação Trickster, que apontou desvios acima de R$1 bilhão entre janeiro de 2017 e março de 2018, por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica.

445
Ronaldo era considerado foragido da Justiça desde o ano passado. Foto: Reprodução

O Grupo de Patrulhamento Tático, GPT de Niquelândia, efetuou na manhã desta segunda-feira (12), a prisão de um foragido da Justiça desde ano passado, acusado por corrupção contra a administração pública e envolvimento em organização criminosa em fraudes de R$ 1 bilhão contra a extinta DF Trans, em Brasília, em processo expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O foragido Ronaldo de Oliveira, de 45 anos, era dirigente de uma cooperativa e foi um dos investigados da Operação Trickster, que apontou desvios acima de R$1 bilhão entre janeiro de 2017 e março de 2018, por meio de fraudes no sistema de bilhetagem eletrônica.

Ele foi preso após trocas de informações com o Comando de Operações de Divisas (COD) Norte e forças de Segurança Pública que informou a equipe do GPT de Niquelândia que o foragido estaria em no município. A equipe se empenhou em diligências e conseguiu localizá-lo em uma picape Toyota Hilux, de cor vermelha, na Avenida do Contorno, no Bairro Boa Vista.

Segundo as investigações, desde quando teve sua prisão decretada, o foragido construiu um posto de combustíveis e passou a morar em Mimoso de Goiás, cidade de onde poderia fugir com mais facilidade para qualquer outro estado.

Ronaldo era dirigente de uma cooperativa que, juntamente com dirigentes de entidades semelhantes, gerava créditos fraudulentos do Passe Livre, fazendo com que a DF Trans pagasse por viagens que nunca ocorreram e é acusado de 18 crimes e corrupção.

Em função das investigações, o Governo do Distrito Federal (GDF) extinguiu o DF Trans e, em julho de 2019, o sistema de bilhetagem eletrônica passou a ser operado pelo Banco de Brasília (BRB). Ele foi encaminhado à Unidade Prisional de Niquelândia (UPN) onde aguardará recabiamento à Brasília pela Polícia Civil do DF.

Propina

Aparelhos de bilhetagem apreendidos na Operação Trickster, no DF. Foto: Reprodução

Ronaldo e sua companheira, identificada como Soraya, tiveram prisão pedida e concedida pela Justiça em 2018, após informações e imagens que flagraram o pagamento de propina para o então responsável pela unidade de controle de bilhetagem automática do DFTrans, Harumy Tomonori.

O mesmo confessou que recebia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês, a fim de agilizar processos, pagamentos e fazer vista grossa diante de irregularidades e fraudes cometidas pelas empresas do casal.

Defesa

A defesa do suspeito informou, em nota, que os fundamentos da decisão judicial que determinou a prisão não correspondem com a realidade e que deverão ser rediscutidos no Judiciário. O processo está em primeira instância.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui