Reviravolta: Servente de pedreiro é inocentado em julgamento no caso da morte do menino Danilo

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Após quatro anos, o caso do Danilo de Sousa Silva chega ao final de do julgamento sem descobrir quem matou a criança. O principal acusado do crime, o servente de pedreiro Hian Alves, foi absolvido na segunda-feira (24), numa decisão que causou reviravolta no caso.

O padrasto do menino que é de Porangatu, no norte goiano, e o colega dele, Hian Alves, foram presos suspeitos de envolvimento no homicídio. Depois que Hian informou que teria o ajudado na execução do crime. Ainda segundo o jovem, agora absolvido, em troca da participação ele receberia como pagamento, uma moto.

Como tinha histórico policial, por ter agredido sua companheira, passou de “suspeito” a praticamente “acusado”. O padrasto, no entanto, negou a participação e disse que se tratava de uma armação. Ainda naquela época, as investigações concluíram que o padrasto era inocente e ele foi libertado da prisão. Hian continuou preso desde o dia 31 de julho de 2020.

À época, a corporação apontou que Hian Alves cometeu o assassinato por ciúmes do padrasto do menino. O autor teria ciúmes da relação do homem com um pastor da região. Em março de 2023 o desembargador Leandro Crispim determinou que ele fosse levado à júri popular, o que aconteceu no início desta semana.

Hian foi denunciado por homicídio triplamente qualificado contra Danilo e denunciação caluniosa contra o padrasto de Danilo. Ele foi absolvido da acusação de assassinato, mas foi condenado a 2 anos de prisão por denunciação caluniosa. Como já estava preso há 3 anos e 9 meses, o juiz declarou que a pena já havia sido cumprida e revogou a prisão dele.

ENTENDA O CASO

O homicídio aconteceu no Parque Santa Rita, em Goiânia, em julho de 2020, e gerou grande comoção na capital. Danilo sumiu no dia 21 de julho de 2020. À época, a mãe dele disse que o menino estava brincando com outras crianças na rua, entrou em casa e falou que iria até a avó, que morava próximo de onde o menino residia.

Como o garoto não voltou para casa, o Corpo de Bombeiros foi acionado e, no dia seguinte, iniciou as buscas em uma mata e em um córrego que ficava a 10 metros da casa de Danilo. Após quase uma semana de procura, o corpo do menino foi encontrado já em estado de decomposição, de bruço, em cima de um lamaçal, em área de difícil acesso. O ajudante de pedreiro afirmou à época que usou um pedaço de madeira para agredir o menino e afundou o rosto dele em um poço de lama até Danilo perder a consciência.

“O Tribunal do Júri reconheceu inúmeras falhas na investigação e reconheceu que Hian foi submetido a pressão, violência e tortura quando estava preso na delegacia e concluiu pela absolvição quanto ao homicídio”, afirmou a defesa.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) se foi determinada a abertura de novas investigações sobre o caso. Gracilene Almeida Silva, informou a imprensa que irá recorrer da decisão e exigir novas investigações para que um possível novo autor do crime seja identificado e levanta questionamentos com relação ao comportamento do pastor que abrigava Hian.

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