Três pessoas continuam desaparecidas após queda da ponte entre Tocantins e Maranhão

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Três das dezessete vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão continuam desaparecidas. As outras 14 foram localizadas e identificadas.

Gessimar, Salmon e seu neto Felipe ainda não foram localizados.

O vão central da ponte, na BR-226 que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabou no dia 22 de dezembro de 2024.

Os desaparecidos são Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos, Salmon Alves Santos, de 65 anos, e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, que são, respectivamente, avô e neto.

No desabamento caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas. O tempo de retirada da carga depende, principalmente, da situação climática.

A Marinha do Brasil havia informado que a Força-Tarefa de busca e resgate às vítimas poderiam ser encerradas caso não houvessem novos indícios que levem à localização dos últimos desaparecidos, que estariam sendo feitas somente via barco e com auxílio de drones.

Desde o início das operações, a Força-Tarefa concentrou esforços nas áreas com maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente nas proximidades dos veículos e escombros.

Algumas da vítimas que foram encontradas e identificadas.

Na quarta-feira (8) aconteceu a abertura das comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, devido ao aumento do nível do reservatório e do regime de chuvas na região, fazendo com que água represada chegasse ao limite. A ação pode ter contribuído para arrastar os corpos e materiais para mais longe do local da queda da ponte.

Outro fator que dificulta a localização e resgate das vítimas é a correnteza do rio Tocantins. Na nota a Marinha do Brasil destacou que “seria realizada uma nova varredura com mergulhadores para concluir um “ciclo técnico que elimina quaisquer lacunas nas áreas já exploradas”.

Já nesta quinta-feira (09), após o Consórcio Estreito Energia (CESTE) ter comunicado que poderia conter a vazão das águas da usina hidrelétrica de Estreito por mais alguns dias, o que viabiliza janelas de mergulho, a Marinha decidiu estender as operações de busca e resgate às três vítimas.

Novos mergulhos estão sendo realizados em áreas ainda não exploradas, no sentido da correnteza do rio Tocantins. Enquanto isso, familiares vivem a angústia de não poder enterrar o corpo dos entes queridos.

TRAVESSIA E RECONSTRUÇÃO

A travessia entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) por meio de balsa teve o início anunciado duas vezes pelo Governo Estadual, mas ainda não iniciaram. Segundo a Marinha do Brasil, a empresa responsável, a Pipes Navegações, atrasou a entrega da documentação necessária e também houve atrasos nas construções de acessos às margens.

A Polícia Federal investiga o caso.

Segundo o documento, assinado na quinta-feira (9) pelo superintendente do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira e publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (10), o contrato vale por um ano, contados a partir do dia do acidente, em 22 de dezembro de 2024.

Um consórcio foi contratado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para reconstruir a ponte da BR-226, entre Tocantins e Maranhão. A dispensa de licitação de quase R$ 172 milhões prevê que a obra seja finalizada até o dia 22 de dezembro de 2025.

No dia 31 de dezembro, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência na cidade de Estreito. Com essa medida, a cidade pode solicitar recursos federais para ações de Defesa Civil, dentre outras.

A situação precária da ponte já vinha sendo mostrada por liderança e imprensa local.

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