Vereadores de porangatu participam de debate sobre autismo e inclusão social na Assembleia Legislativa

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Os vereadores Rafael Miguel (REPUBLICANOS), Dayany Martins (PL) e Sandra Ferreira (DC), membros da Frente Parlamentar da Pessoa com Autismo e Doenças Raras de Porangatu participaram da Audiência pública denominada “Abril Azul – Rumo à Inclusão Social”, uma iniciativa voltada para a conscientização sobre o transtorno do espectro autista (TEA).

Promovido pela Comissão de Assistência Social, que é presidida pela deputada Vivian Naves (PP), o encontro foi realizado nesta terça-feira, 29, no auditório 1, da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) com a intenção de estimular o debate, o acolhimento e o fortalecimento de políticas públicas que garantam acessibilidade e inclusão para pessoas com autismo.

O evento na Alego reuniu especialistas, representantes de instituições ligadas à causa do autismo e membros da sociedade civil para discutir estratégias que promovam a inclusão em áreas como educação, saúde e mercado de trabalho. A programação incluiu palestras e rodas de conversa, com foco em diagnóstico precoce, terapias adequadas e garantia de direitos para pessoas com TEA e suas famílias.

A deputada Vivian Naves destacou, na ocasião, a relevância do evento: “O Abril Azul é uma oportunidade de sensibilizar a população e pressionar por políticas públicas que atendam às necessidades específicas das pessoas com autismo. Queremos construir um estado mais inclusivo, onde todos tenham dignidade e oportunidades iguais”.

Rafael Miguel, presidente da Frente Parlamentar na Câmara de Vereadores de Porangatu que também compôs a mesa de debate, destacou a importância do tema: “Nós precisamos desenvolver, em cada ponta do estado, esse trabalho de conscientização e inclusão das pessoas com autismo e melhorar, cada dia mais, a qualidade de vida dessas pessoas. Parabéns, deputada Vivian Naves, por promover esse dia para que possamos discutir esse tema”.

A vereadora Sandra Ferreira disse que as mães atípicas não podem se calar e nem deixar que as pessoas vejam suas lutas. “Nós precisamos deixar a nossa marca na vida dessas mães, dos seus filhos e na sociedade. Não podemos nos calar porque pesar de ser um transtorno permanente, sem cura, é cientificamente comprovado que a intervenção precoce intensiva e baseada em evidência pode alterar o prognóstico e suavizar essas características”, pontuou.

A vereadora dayany Martins destacou que o “autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações na comunicação social e no comportamento. Pessoas autistas podem também apresentar alterações sensoriais, respondendo de maneira diferenciada aos estímulos recebidos no ambiente. A Campanha Abril Azul é um passo significativo na luta por uma sociedade mais inclusiva, onde a informação e a empatia sejam as bases para o respeito e a valorização das pessoas com autismo”, concluiu.

Ao ser aberto para que o público presente também participasse, uma mãe deu seu depoimento: “Tenho um filho autista, mas o autismo hoje é o menor dos problemas. Ele tem várias doenças raras e é para isso que quero chamar atenção das autoridades. Os senhores e as senhoras precisam olhar também para as pessoas que têm doenças raras e não conseguem atendimento adequado”.

Um pai presente no evento, que tem um filho autista de 23 anos, usou do momento para falar das dificuldades: “Precisamos parar de romantizar o autismo. Ele não é modinha. Precisamos de ação”.

Abril Azul

A Campanha Abril Azul, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, tem como objetivo principal combater preconceitos e promover a inclusão social de indivíduos com TEA. No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas vivem com autismo, segundo dados recentes, embora não haja um levantamento oficial. O tema nacional da campanha em 2025, “Informação gera empatia, empatia gera respeito”, reforça a importância de disseminar conhecimento para fomentar uma sociedade mais acolhedora e respeitosa.

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